Osvaldo Silvestre, n'
Os Livros Ardem Mal, assina uma bem-humorada crítica aos brindes da D. Quixote.
Na sua aventura de comprar a última obra de Mário Cláudio, vê-se obrigado a ter de oferta Medeia de Eurípides.
Ficariam contentes? Osvaldo Manuel Silvestre não, mas explica.
«Com a saturação de brindes que o mercado hoje nos oferece – e basta, para isso, ir até ao quiosque comprar o jornal -, o verdadeiro brinde é o que consiste em não nos oferecerem nada para lá do que compramos, tanto mais que, convenhamos, não há tempo para «consumir» tanto brinde. Depois, tenho dificuldade em aceitar que uma Medeia possa ser brinde, a não ser em regime de humor negro… Finalmente, se estes 2 livrinhos custam 10,01 €, e se eu só queria Boa Noite, Senhor Soares, como consumidor parecer-me-ia mais curial que a D. Quixote permitisse que os cidadãos na minha situação adquirissem apenas essa novela, talvez por 6 €, o que é preço mais que aceitável para um livrinho desta dimensão. Sobretudo, parece-me dispensável que se chame a isto «oferta», quando nitidamente o preço, apesar das aparências em contrário, não é, de facto, de amigo. »
De Anónimo a 11 de Junho de 2008 às 12:01
Haverá algum livro, preço, promoção, oferta, "brinde", autor, título que agrade a TODOS os leitores deste país? Serão todas as acções de promoção do livro 100% satisfatórias? Penso que não. Como ninguém(nem mesmo o Osvaldo) tem o dom da adivinhação sobre o "drive" ou "dirves" de compra as acções de lançamento e promoção terão de estar baseadas nos parâmetros que possam caracterizar a maioria dos leitores. Neste caso específico os leitores de Mário Cláudio que naturalmente agradecem a possibilidade de ter a última novela e a peça de teatro inédita em livro. Assim, esta promoção dirige-se a quem não se cansa da escrita de Mário Cláudio em todas as suas variantes e que vê neste lançamento duplo uma oportunidade de ter várias e diversificadas prespectivas da obra de um dos mais importantes escritores contemporâneo da Língua Portuguesa. Como felizmente os livros não morrem nos primeiros três meses (apesar de muitos incentivarem essa mortandade precoce) termos talvez e num futuro próximo ambos os livros em separado para que os poucos que tenham ou tiveram outros incentivos na compra possam então ficar 100% satisfeitos.
´Não conseguindo chegar a todos esta acção espera que chegue ao máximo de leitores possíveis. Os restantes, que não deverão ser menosprezados terão outras oportunidades num futuro próximo.
Pedro Sobral
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