Dom, 23/Dez/07
Dom, 23/Dez/07
Através do blog
Os livros chegámos à petição "
Não ao Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa". Esta petição, à altura em que escrevemos este post, conta já com
6846 assinaturas.
Eis o texto constante desta petição:
«
Exmo. Sr. Ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros Luís Amado
Exmo. Sr. Ministro Luís Amado, tivemos conhecimento que é suposto ser aprovado, até ao final do ano de 2007, o Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, nesse acordo será, alegadamente, alterado 1,6% do nosso vocabulário. Os signatários desta petição não concordam com a aprovação desse Protocolo, não querem que a Língua Portuguesa, tal como os portugueses a conhecem, seja alterada, exigimos que seja preservada a nossa Língua. Não faz qualquer sentido que este protocolo seja aprovado. Nós não queremos escrever palavras como 'Hoje', 'Húmido', 'Hilariante' sem 'h', não queremos escrever palavras como 'Acção' sem 'c' mudo nem palavras como 'Baptismo' sem 'p' mudo. Queremos continuar a escrever em Português tal como o conhecemos agora. E, tendo em conta o supra exposto, esperamos que o Exmo. Sr. Ministro faça com que este Protocolo não seja aprovado.»
Se pretender assinar esta petição, clique
aqui.
De Anónimo a 24 de Dezembro de 2007 às 01:06
Além dos claros erros de pontuação e de conteúdo da mensagem, que só por isso fariam com que qualquer ser inteligente se recusasse a subscrevê-la, há a questão de fundo: só não há erros ortográficos na mensagem, já que foi obviamente escrita por alguém pouco culto, porque a ortografia da língua portuguesa tem vindo a ser regularmente actualizada ao longo dos anos, para estar sempre próxima da sua fonética. Se estas 6 mil criaturas querem continuar a escrever como se escreve "agora", precisam de saber que este "agora" já é muito diferente do "agora" de há 50 anos, e incrivelmente (para elas) diferente do "agora" de há 500 anos, e que tem forçosamente de ser diferente do "agora" de daqui a 50 anos, sob pena de os seus filhos ficarem ainda mais iletrados. Agora se querem que esse futuro "agora" seja diferente do do Brasil, isso já tem a ver com capacidade de visão, e nisso já sabemos que costumamos ser bem tacanhos.
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