Empresa ligada ao sector da edição de livros procura, para a realização de um estágio não remunerado, um licenciado para desempenhar as funções de assistente editorial.
Perfil
- Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas;
- fluência verbal e escrita na língua inglesa;
- fluência verbal e escrita em línguas, extra o idioma inglês;
- boa capacidade de expressão escrita.
Oferece-se:
- Estágio não remunerado, pelo período de 6 meses; ´
- integração em empresa ligada ao sector da edição de livros
- possibilidade de integração nos quadros da empresa, após a realização do estágio de 6 meses;
Os candidatos deverão enviar o seu CV, acompanhado de uma carta de apresentação para
casacomlivros@gmail.com.
De Anónimo a 02 de Março de 2008 às 03:08
"possibilidade de integração nos quadros da empresa, após a realização do estágio de 6 meses"... ah ganda mercado editorial! e não me admirava nada se fosse um anúncio vindo das "grandes"... e estágios para gestores, não há?
Mas que país é esse? Sem comentários. É chocante.
De Anónimo a 02 de Março de 2008 às 21:47
proposta maravilhosa.parabéns.a quem estão a fazer o frete?
Compreendemos perfeitamente as reacções.
Não vamos obviamente dizer de que editora se trata, no entanto, e desde que dou aulas no Curso de Especialização para Técnicos Editoriais (últimos 5 anos) me deparo com pedidos da parte de alunos neste mesmo sentido.
O mercado é muito pequeno (com o downsizing actual fica mais pequeno) e é extremamente difícil entrar para a edição, pois a experiência é ainda o elemento preponderante no recrutamento.
Face a isto, todos os anos tenho alunos que me pedem que arranje estágios não remunerados em editoras (coisa que já fiz e onde todas as pessoas ficaram contentes, pois acabaram por entrar posteriormente nas empresas).
Aliás, o BISG (grupo de investigação de edição inglês) refere claramente nos seus Standards de acesso à profissão exactamente isso: a dificuldade de acesso à profissão no Reino Unido faz com que a melhor forma de acesso seja através de estágios não remunerados, onde se possa adquirir experiência válida para os empregadores.
Não queremos dizer com isto que avalizamos, queremos dizer é que dos dois lados haverá pessoas contentes com a proposta.
De Anónimo a 03 de Março de 2008 às 11:15
"...haverá pessoas contentes com a proposta".???
Inacreditável a falta de pudor e o oportunismo das empresas/editoras e o espírito medíocre de quem anda a estudar 4 ou 5 anos.
Obrigada a todos os mentecaptos que contribuem para o bom funcionamento da máquina. Ninguém quer que a "máquina" pare, pois não? Pois não, afinal haverá pessoas contentes com a "máquina".
Lamentável.
P.Torres
De
Senhor M a 03 de Março de 2008 às 12:05
Não é esta indústria rentável? (pelo menos é o que leio nos jornais). Ninguém conseguia pagar um salário mínimo a este estagiário?
De Anónimo a 03 de Março de 2008 às 13:34
Sinais dos tempos meus amigos, sinais dos tempos. Quando pressentem que o mercado está favorável a este tipo de abusos aproveitam logo. Tinham tantos caminhos para arranjar um trabalhador a preços módicos (estágio do IEFP, convénio com instituições do ensino superior, ...), mas não resisitiram à tentação de tentar explorar. Vê-se logo o arrojo de quem faz a proposta. Só lhes falta a seriedade.
Dois pontos abaixo da minha consideração Booktailors, por se terem sujeitado a este serviço, mesmo com a vossa justificação. Mas há princípios. E este tipo de esquemas é tão fácil de me(r)drar que não é preciso que alguém tão sério como vocês ajudem.
Estes dois pontos ficam cativos até daqui a seis meses aparecer no blog uma entrevista com o estagiário seleccionado... já devidamente integrado na empresa, como o anúncio promete.
De Anónimo a 03 de Março de 2008 às 15:46
Os srs indignados vejam as coisas desta maneira: considerem estes 6 meses como um semestre adicional da licenciatura, uma espécie de supercadeira prática. Sob este ponto de vista, deviam ser os alunos a pagar PROPINAS à "escola". Mas vá lá, como se trata de uma empresa e vão trabalhar para lá, tirar cafés e fotocópias para os editores experientes e tal, a empresa não vos cobra as propinas.
Não matem o mensageiro, por favor.
Em relação à divulgação, bem, tudo o que divulgamos concordamos, obviamente, senão não era divulgação, era opinião.
Mas digam-me como seria o discurso se fosse um jovem recém-licenciado, que adora o sector e quer ter uma oportunidade de entrar, a pedir que lhe arranjasse um lugar (não remunerado, se necessário fosse), para aprender aquilo que 5 anos de faculdade não lhe deram?
Confesso que já fiz a ponte em alguns casos desses e os jovem recém-licenciados ficaram felizes, pois conseguiram entrar para a edição.
P.S. - seria de facto interessante uma entrevista com o estagiário, para ele dar a sua opinião.
De Anónimo a 03 de Março de 2008 às 21:22
Eu conheço uma rapariga que dfez um estágio não remunerado na Grasset, e foi de 1 ano!!
Já ouvi falar de outros em inglaterra, parece que é muito assim mesmo.
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